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UNAMAZ abre programação na COP 30 com foco em integração amazônica e bioeconomia

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A Associação das Universidades Amazônicas (UNAMAZ) deu início, na última segunda-feira (10/11), à sua programação oficial durante a COP 30. Ao longo do primeiro dia de atividades, o Pavilhão da UNAMAZ, localizado na Zona Verde do evento, foi realizada a apresentação do Plano Estratégico 2025–2030 e exposições de pesquisas científicas que exploram a riqueza biomolecular da floresta amazônica.

O novo plano estratégico marca um período de reestruturação da Associação, com o objetivo de fortalecer a integração entre as instituições dos oito países que compõem a Amazônia e ampliar as ações conjuntas voltadas à pesquisa, à inovação e à mobilidade acadêmica.

Entre os destaques da programação esteve o trabalho do BioTec-Amazônia, centro de pesquisa que, em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), desenvolve o projeto “Iwasa’i: Centro Avançado de Pesquisa e Inovação Biotecnológica da Amazônia Oriental”. O estudo realiza análises genéticas do açaí para ampliar o conhecimento sobre a espécie e identificar microrganismos com potencial farmacêutico, contribuindo para o fortalecimento da bioeconomia inteligente na região.

“A inovação faz parte do projeto. É preciso olhar para a biodiversidade como um ativo financeiro e fazer inovação a partir dela”, afirmou Diego Assis, colaborador do BioTec-Amazônia.

Em reconhecimento à relevância das pesquisas conduzidas pelo centro, a UNAMAZ concedeu Certificado de Mérito à Professora Maria Paula Schneider, Presidente do Conselho de Administração da BioTec-Amazônia e Professora Titular da Universidade Federal do Pará (UFPA)

“Foi uma grande honra receber essa distinção, especialmente por ter sido entregue pelo Professor Seixas Lourenço, a quem admiro muito. Este momento da COP 30 é simbólico, pois reúne as atividades que desenvolvemos com toda essa celebração que representa a COP e o significado que ela tem para a Amazônia”, declarou a professora.

Outro ponto de destaque da programação foi a apresentação de projeto desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT-PROBIAM), vinculado à Universidade Federal do Pará (UFPA). A pesquisa utiliza resíduos de frutas regionais — como açaí, pupunha e buriti — na produção de bio-óleos com potencial de aplicação em biocombustíveis e fármacos para o tratamento de infecções bacterianas.

“Um dos nossos objetivos no INCT é fortalecer a bioeconomia e, com isso, estimular startups e ampliar o número de cooperações”, destacou Marta Chagas Monteiro, coordenadora do projeto na UFPA.

Durante o dia, o stand da UNAMAZ também recebeu visitas institucionais. A vice-presidente do Instituto Brasileiro de Educação em Direitos e Fraternidades (IEDF), Rafaela Brito, esteve presente para entregar o livro “Amazônia Viva: Estratégias para um desenvolvimento sustentável”.

“Queríamos fazer essa doação justamente por acreditar que o diálogo das universidades amazônicas, aliado às temáticas que abordamos no Instituto, é fundamental e converge em muitos pontos”, afirmou Brito.

Outra visita de destaque foi a de representantes do Instituto Mondó, que manifestaram interesse em formalizar sua adesão à UNAMAZ. O Instituto atua na transformação social de comunidades vulneráveis do arquipélago do Marajó, desenvolvendo estudos sobre suas especificidades e desafios locais.

Encerrando o primeiro dia de atividades, a Secretária Executiva Pro Tempore da UNAMAZ, professora Nazaré Imbiriba, fez um balanço positivo da abertura, destacando a relevância da presença da Associação na COP 30 e o fortalecimento do diálogo entre universidades, centros de pesquisa e organizações do terceiro setor. Ela também ressaltou que a participação da UNAMAZ amplia as perspectivas de cooperação internacional e de mobilidade acadêmica entre os países amazônicos, com a possibilidade de novos projetos surgirem ao longo das duas semanas de evento.

Ascom/UNAMAZ

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