Pesquisador alerta no stand da UNAMAZ que economia deve ser coletiva para prevenir danos ambientais
.jpeg)
Pesquisador alerta no stand da UNAMAZ que economia deve ser coletiva para prevenir danos ambientais
O progresso precisa ser pensado e colocado em prática com foco em benefícios coletivos, e não individuais, e os custos sociais e ambientais da produção devem receber maior atenção da sociedade mundial — hoje, ainda amplamente negligenciados. O alerta foi feito neste sábado (15) pelo professor doutor Jon Erickson, da Universidade de Vermont (EUA), autor do livro A Ilusão do Progresso, durante sua participação no stand da UNAMAZ na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).
Erickson explicou que seu livro recebe esse título porque, há mais de 150 anos, a teoria econômica dominante defende que as decisões econômicas são individuais e que a produção também se baseia em escolhas individuais. “Essas escolhas do homem econômico são uma ilusão, porque nada disso é, de fato, individual. As decisões devem ser sempre coletivas”, afirmou.
O pesquisador e escritor expressou interesse em colaborar com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e com outras instituições brasileiras e da Pan-Amazônia, como a UNAMAZ, para avançar na construção de uma “nova forma de economia: a economia ecológica”.
Acompanhado pela Professora Doutora Larissa Chermont, da Faculdade de Economia do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA, Erickson proferiu palestra e participou de debates com docentes e estudantes universitários no Pavilhão da Associação de Universidades Amazônicas (UNAMAZ). “A UNAMAZ nos recebe gentilmente para a apresentação do livro do professor Jon Erickson, que integra a
Sociedade de Economia Ecológica dos Estados Unidos e a Sociedade Internacional.
Nós, da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (EcoEco), junto com a UFPA, iniciamos uma cooperação para organizar um programa que será submetido à UNESCO como uma possível cátedra, reunindo projetos de pesquisa, ensino e extensão na área de economia ecológica”, explicou Larissa.
O projeto deverá envolver o Laboratório de Economia Ecológica da Amazônia, criado como iniciativa de extensão e coordenado pela professora. “O foco desse programa, desenvolvido em parceria com a UNAMAZ e instituições de oito países amazônicos, será acompanhar políticas ambientais na Pan-Amazônia e compreender como a economia ecológica oferece uma visão mais realista sobre atividade econômica e bioeconomia. Avaliaremos em que medida as políticas públicas da região se alinham a
essa perspectiva”, acrescentou. A proposta será submetida à UNESCO até o início de 2026.
Após a palestra, o Professor José Seixas Lourenço, Presidente Pro Tempore da UNAMAZ, reforçou o compromisso da rede: “Professor Jon Erickson, conte conosco da UNAMAZ nesse projeto, porque não veremos um mundo sustentável sem uma nova visão de planejamento e de ações que considerem todas as pessoas do planeta”.
Fundada em 1987, a UNAMAZ reúne universidades, institutos de pesquisa e instituições do terceiro setor da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.








