Serviço de monetização de ativos ambientais é apresentado no stand da UNAMAZ

Serviço de monetização de ativos ambientais é apresentado no stand da UNAMAZ
A Floresta Amazônica e outros espaços verdes podem gerar recursos financeiros para gestores comprometidos com a preservação sustentável. Para isso, existe um conjunto de conhecimentos específicos sobre o mercado de carbono e outros tipos de investimentos ambientais. Esses conteúdos foram apresentados neste sábado (15) por dirigentes da Biosphere Projetos Ambientais (Bipasa), no Pavilhão da Associação de Universidades Amazônicas (UNAMAZ), durante a COP 30.
O Presidente da Bipasa, Ciraldo Reis, explicou que a empresa, sediada no Rio de Janeiro e parceira do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), levou à COP 30 o entendimento de que “as florestas podem virar dinheiro”. Segundo ele, iniciativas de monetização de ativos ambientais — como redução de carbono e outros projetos — existentes em áreas públicas e privadas são possíveis graças a uma metodologia própria, alinhada à legislação brasileira vigente, incluindo a Constituição Federal e as Leis nº 14.119 e nº 14.590, que regulamentam a prestação de serviços ambientais.
Ativos ambientais dizem respeito a tudo aquilo que garante a sobrevivência humana — como água, carbono, alimentos, medicamentos, solo e subsolo. Embora o Brasil possua um patrimônio ambiental valorado em cerca de US$ 6,8 trilhões, esse montante não aparece na contabilidade pública por ser classificado constitucionalmente como bem intangível. Segundo Reis, a Bipasa buscou monetizar esses ativos com base no conceito de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) da ONU, aprovado na COP 21 por 195 países. O PSA remunera provedores de serviços ambientais, ou seja, aqueles que preservam áreas naturais.
Um exemplo são os proprietários de terras na Amazônia, que, por lei, devem manter 80% de suas áreas preservadas. “Para que esses territórios sejam devidamente conservados, a ONU criou instrumentos que permitem remunerar os gestores responsáveis por esse serviço ambiental”, explicou Reis. “Essa é a saída para todos os agricultores — públicos ou privados — e para todas as esferas do poder público, que se tornam beneficiárias dos resultados financeiros desse tipo de projeto.”
No processo de monetização, é emitido o Biobond, título de compensação ambiental destinado a provedores de serviços ambientais. Com nove anos de atuação, a Bipasa mantém parceria com o IBICT e desenvolve intercâmbio produtivo com a UNAMAZ.





