UNAMAZ apresenta projetos de Bioeconomia e firma parcerias universitárias na COP 30
.jpeg)
O stand da UNAMAZ e BioTec-Amazônia na COP 30 recebeu, na tarde desta segunda-feira (17), a apresentação de projetos inovadores que evidenciam o potencial da bioeconomia para o desenvolvimento sustentável da região amazônica. Entre os destaques estiveram o Projeto Maniva Tapajós e as pesquisas do Laboratório de Tecnologia Supercrítica (LABTECS), iniciativas que ampliam a produção, qualificam processos e diversificam o mercado de produtos amazônicos.
O Projeto Maniva Tapajós, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) em parceria com instituições como a Embrapa, surgiu para solucionar um desafio recorrente enfrentado por produtores rurais: a dificuldade de plantio da maniva, que frequentemente apodrecia ainda na raiz. A partir da melhoria genética das sementes, com garantia fitossanitária, agricultores do sudoeste do Pará passaram a cultivar áreas mais extensas, aumentando a produtividade e fortalecendo a cadeia de comercialização. Atualmente, o projeto atua em seis municípios, oferecendo capacitação e suporte técnico a agricultores locais.
Durante a apresentação, o Presidente Pro Tempore da UNAMAZ, professor José Seixas Lourenço, destacou o alto potencial das iniciativas para captação de investimentos. Ele também informou que representantes de agências de fomento visitarão o stand na próxima quarta-feira (19) para conhecer discutir e, se for o caso, financiam projetos de sustentabilidade, bioeconomia, transição climática, descarbonização e créditos para pequenos negócios
Outro destaque foi o trabalho do LABTECS, sediado na Universidade Federal do Pará (UFPA), que busca solucionar desafios persistentes da cadeia produtiva do açaí. Atualmente, enquanto a polpa é valorizada, grande quantidade de resíduos é descartada ou queimada. O laboratório identificou nesses subprodutos compostos de alto valor biotecnológico, como a antocianina, utilizada na formulação de anti-inflamatórios, e desenvolve tecnologias para seu aproveitamento nas áreas farmacêutica e cosmética.
A tecnologia supercrítica — que atua modificando temperatura e pressão para levar os compostos ao estado supercrítico — permite extrair, de forma eficiente e altamente seletiva, os componentes mais puros de frutos regionais como muruci, cupuaçu e outros. Essa técnica amplia as possibilidades de inovação e agrega valor à bioeconomia amazônica.
Encerrando a programação, a UNAMAZ promoveu um debate sobre cooperação científica e sustentabilidade, com a participação da vice-reitora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Loiane Prado; do representante do Centro de Estudos da Paz e Resolução de Conflitos (GLIP/USP), Gerson Damiani; e do gerente do Instituto Amazônia+, Reginaldo Ramos. Os participantes ressaltaram a importância da articulação entre universidades e instituições estratégicas para a construção de soluções compartilhadas para a região.
A vice-reitora da UFPA, Loiane Prado, destacou o papel articulador da UNAMAZ:
“É um papel estratégico e relevante nesse sentido de avanço da cooperação nacional e internacional, fortalecendo, consequentemente, as nossas universidades da Amazônia, nesse contexto histórico que estamos vivendo com a COP30.”
Já Gerson Damiani reforçou o compromisso da Universidade de São Paulo (USP) com a parceria: “A USP se sente absolutamente honrada em poder estar cooperando com a UFPA em ações presentes e vindouras (...). Reunir-nos aqui, nesse fórum da UNAMAZ, permite expandir os horizontes rumo a um futuro que nós podemos construir juntos e mais fortes.”
























